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quinta-feira, 17 de setembro de 2015

RN: acidentes custam R$ 2,4 milhões



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Antes de desmaiar, Eduardo Paulino, 20 anos, viu o capotamento acontecer. Ele seguia na BR-304 em direção à São Bento do Trairi, município da Borborema potiguar, para mais uma entrega do supermercado. Às 11h30 do daquela quinta-feira, 3 de setembro, o jovem pilotava a moto Honda CG FAN de 125 cilindradas a 120 quilômetros por hora. Sem capacete e sem carteira de motorista. Na ultrapassagem a uma ambulância, quase bateu de frente com outra moto. Desviou. A motoneta bateu no meio-fio e capotou várias vezes. Eduardo foi arremessado. Ele acordou horas depois no posto de saúde de São Bento, com a informação de que não havia quebrado nada – por sorte.
Magnus NascimentoEduardo Paulino (sentado) espera por cirurgia no corredor do HWGEduardo Paulino (sentado) espera por cirurgia no corredor do HWG

Embora o número de acidentes de trânsito e mortes nas estradas tenham diminuído nacionalmente desde 2010, no Rio Grande do Norte preocupa o crescimento da proporção dos acidentes de moto em relação aos sinistros totais. Segundo dados do Ministério da Saúde, em 2014, 83% das internações no Sistema Único de Saúde por acidentes de trânsito envolviam motos. No ano passado, o custo para o SUS com acidentes nas estradas potiguares foi de R$ 2,4 milhões, dos quais R$ 2 milhões custearam somente os sinistros causados por motocicletas.

Na análise do próprio ministério, os acidentes de trânsito resultam no estrangulamento da demanda por neurocirurgia, traumatologia e reabilitação, com eventual uso de órteses e próteses. O RN está acima da média nacional quanto ao número de internações por acidente de moto, que é de 65%.

“O impacto financeiro (dos acidentes) é vultuoso, são 127.268 internações em 2014 para R$ 183 milhões em custo. Grande parte deste investimento poderia ser evitado – não digo economizado, mas evitado. É um recurso que está disponível para ser utilizado em prol do SUS, mas que a evitabilidade do acidente poderia desestrangular outras áreas que, hoje, ficam represadas, como a realização de consultas especializadas, cirurgias eletivas e leitos de UTIs”, avalia Antônio Carlos Nardi, secretário nacional de Vigilância em Saúde.  Entre 18 e 19 de novembro, o Brasil sediará a segunda Conferência Global de Alto Nível sobre Segurança no Trânsito. Na carta de Brasília, cerca de 150 países se comprometerão a adotar medidas para diminuir as mortes no trânsito até 2020.

fonte: Tribuna do Norte

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