Walter Lúcio de Oliveira Gonçalves sofreu três paradas cardíacas e não respondeu às tentativas de reanimação, segundo a equipe médica
Por Estadão Conteúdo
A Secretaria de Saúde da Bahia (Sesab)
abriu sindicância interna para apurar a atuação da equipe médica que
atendeu, na noite deste domingo (24), o paciente Walter Lúcio de
Oliveira Gonçalves, de 54 anos, no Hospital Menandro de Farias, em Lauro
de Freitas região metropolitana de Salvador.
Gonçalves, portador de câncer, chegou à
unidade com dificuldades respiratórias e, poucas horas depois, sofreu
três paradas cardíacas. De acordo com a unidade, o paciente não
respondeu às tentativas de reanimação, foi declarado morto às 23 horas e
levado, dentro de um saco plástico, para o necrotério.
Duas horas depois, porém, um irmão de
Gonçalves, Waltério, notou que havia movimento no material que envolvia
seu corpo e avisou os médicos, que levaram o paciente de volta para a
Unidade de Terapia Intensiva da unidade.
A família do paciente, que acompanhou o
atendimento, defende a equipe médica do hospital e atribui a
“ressuscitação” de Gonçalves a um milagre de Irmã Dulce. O próprio
paciente, que está consciente e lúcido, afirmou que a beata baiana foi
quem intercedeu por sua vida. Sem poder falar, por causa de uma
traqueostomia, Gonçalves escreveu um bilhete, no qual conta que viu sua
mãe (já morta) e que ela lhe pediu para rezar por Irmã Dulce.
“Eu vi minha mãe dizendo: ‘filho, se
apegue a ela e será salvo’” diz um trecho do texto. “Vi a morte nos meus
pés, mas minha fé foi tão grande que me curei. A toda esta equipe
(médica) e a minha Irmã Dulce, por tudo e por todos, obrigado.”
Gonçalves foi transferido, na tarde
desta segunda-feira, 25, para o centro de oncologia do Hospital Santo
Antonio, administrado pelas Obras Sociais Irmã Dulce (Osid), em
Salvador. De acordo com a família, o valor gasto com a compra do caixão
(R$ 1,9 mil) será doado para a Osid.
Nenhum comentário:
Postar um comentário