O prefeito de São Gonçalo do Amarante, Jaime Calado,
participou na última sexta-feira (22) de uma reunião com o vice-presidente de
Serviços do Grupo Latam, Frederico Germani, na sede da empresa em São Paulo,
para tratar da possível instalação de um Hub (centro de conexões de voos) da
TAM Linhas Aéreas no município de São Gonçalo. O encontro foi resultado de uma
carta enviada ao gestor municipal pela presidente da TAM, Cláudia Sender,
solicitando abertura de diálogo no interesse da operação do primeiro Hub doméstico
e internacional do Nordeste do Brasil.
Participaram da reunião o prefeito de Natal, Carlos
Eduardo, os deputados federais Zenaide Maia e Felipe Maia, secretários
municipais de São Gonçalo, além de representantes da Fiern, Fecomércio e IFRN. Na
manhã desta segunda-feira (25) Jaime Calado falou detalhes dos assuntos
tratados e afirmou que “O RN está na disputa do Hub do Nordeste”.
O prefeito de São Gonçalo do Amarante, Jaime Calado,
participou na última sexta-feira (22) de uma reunião com o vice-presidente de
Serviços do Grupo Latam, Frederico Germani, na sede da empresa em São Paulo
Qual a importância dessa abertura de diálogo entre
a Prefeitura de São Gonçalo e outras instituições do Estado com a TAM?
JC: A criação desse Hub, que é a concentração de
conexões de voo de passageiros e cargas, é tão importante que o investimento é
mais de três vezes o montante investido no próprio aeroporto, e se formos
escolhidos deve gerar cerca de 10 mil empregos, não só em São Gonçalo, mas em
todo o Estado. É um investimento mais que desejado não só por nós do Rio Grande
do Norte, mas também por Pernambuco e Ceará.
Que diferencial São Gonçalo e o Estado oferecem em
relação a Pernambuco e Ceará?
JC: Nós levamos um documento mostrando o diferencial
que a Prefeitura de São Gonçalo oferece em relação a Recife e Fortaleza. O ISS
(imposto sobre serviços) dessas duas capitais é de 5 %, ao passo que o nosso é
de 2 % para atividades aeroportuárias. Isso dá um diferença de 3 % sobre todo o
faturamento de um empreendimento desse porte, isso faz um diferencial
importantíssimo. E aproveito para ressaltar aqui a importância do apoio do
Governo do Estado. A redução do ICMS (imposto sobre circulação mercadorias e
serviços) do querosene de aviação foi o que tornou viável nós estarmos no páreo
e também a garantia do governador Robinson Faria de fazer os acessos, o que
minimiza esse ponto fraco em relação aos outros concorrentes.
Quais as reais chances do RN na disputa pelo Hub?
JC: Ficou claro na reunião que de longo o nosso
aeroporto é o melhor. Pela primeira vez, numa disputa com capitais maiores, nós
temos o melhor equipamento. É a melhor pista do Brasil, a única feita para receber
a nova geração de aviões como o A-380, nós temos um aeroporto cidades pronto
para receber esse tipo de expansão, coisa que não acontece nos aeroportos de
Recife e Fortaleza que são aeroportos completamente cercados e cheios de
gargalos urbanos, não tem como resolver isso, além do mais o nosso é o único
que é privado, então a burocracia é muito reduzida em relação aos outros dois
aeroportos que são administrados por uma empresa pública, no caso a INFRAERO.
Pernambuco e Ceará contam com mercados mais
desenvolvidos que o RN. Isso pode fazer a diferença?
JC: Nós temos uma série de vantagens, mas realmente o
mercado local dos dois Estados é muito maior que o nosso, inclusive o número de
voos locais e a movimentação econômica, mas como nós estamos tratando aqui de
transporte aéreo, há um parêntese, tanto que o Frederico mostrou durante a
reunião o exemplo de Dubai que era um deserto, na beira de um mar, não tinha
nada e hoje é um Hub mundial, então esperamos e desejamos, e estamos na disputa
para trazer esse Hub do Nordeste para o Estado.
A união de forças do RN conseguiu viabilizar o
Aeroporto Internacional Governador Aluízio Alves. A união permanece em torno da
disputa do Hub?
JC: A união é importante em todas as situações em que
o desenvolvimento do Rio Grande do Norte esteja em jogo. Nesse caso ainda mais.
Por isso eu destaco o apoio do Governo do Estado, do ministro do Turismo,
Henrique Alves, toda a bancada federal, deputados e senadores, a Assembleia
Legislativa, os vereadores de São Gonçalo, o prefeito de Natal Carlos Eduardo,
que esteve conosco na reunião, a Fiern, Fecomércio e o IFRN que é um importante
aliado na capacitação de profissionais das atividades aeroportuárias.
Que outras características o Rio Grande do Norte
apresenta e que podem ser favoráveis na hora da escolha entre os três
concorrentes?
JC: Eu fiz questão de realçar como o nosso povo é
acolhedor, e isso foi um ponto de conformidade, já que um dos diretores da TAM já
morou aqui em Natal, e ele fez questão de concordar com a receptividade do
nosso povo e que isso faz uma diferença importante. Então a soma de apoios e a
receptividade do nosso povo também é um fator a se considerar.
Do ponto de vista técnico, a diretoria sinalizou ou
antecipou alguma avaliação que o deixou otimista?
JC: O fato deles reconhecerem que o nosso aeroporto é
de longe o melhor é um ponto de vista técnico, mas eles são executivos de uma
empresa muito profissional e para fazer um investimento dessa envergadura é
preciso ser muito capacitado. Eles têm uma empresa contratada para fazer um estudo,
junto com os técnicos dos três estados na disputa. Nós estamos prontos e eu
confesso que saí muito otimista da reunião.
São Gonçalo está na disputa do Hub, então?
JC: O Rio Grande do Norte está na disputa sim.
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